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sábado, 3 de outubro de 2015

CLASSIFICAÇÃO DE PAISAGENS GEOMORFOLÓGICAS PARA O SEMI-ÁRIDO NORDESTINO

UMA PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO DE PAISAGENS GEOMORFOLÓGICAS PARA O SEMI-ÁRIDO NORDESTINO

            Apresentamos a seguir uma proposta de classificação de unidades de paisagens para o semi-árido nordestino. A proposta inicial, na íntegra, pode ser lida no artigo “Condições geoambientais do semi-árido nordestino”,redigido por Marcos Jose de Souza, José Gerardo B. de Oliveira, Rachel Caldas Lins e Lucivânio Jatobá (1992).
            Os autores adaptaram e fizeram algumas modificações à proposta de Zoneamento da EMBRAPA, realizada no ano de 1991. As unidades de paisagens foram assim classificadas: 1- Planaltos Sedimentares, 2- Depressão Sertaneja dos Sertões do Centro-Norte e do Sul, 3-Planalto da Borborema, 4- Planalto com Coberturas Calcárias, 5- Maciços Residuais, 6- Chapada Diamantina e Encosta do Planalto Baiano, 7- Tabuleiros Costeiros, 8- Planície Costeira, 9- Grandes Planícies Fluviais.
5.1- Planaltos Sedimentares

            São áreas planas, delimitadas por declives, desenvolvidas em estruturas sedimentares, onde os processos de erosão superam os de deposição. Esses planaltos, no semi-árido nordestino, acham-se recobertos por arenitos em estruturas horizontais e sub-horizontais. Apresentam condições climáticas úmidas na vertente oriental da Ibiapaba, no Estado do Ceará, onde a precipitação anual média fica compreendida entre 1.000 e 1.400mm. Nesses planaltos predominam solos profundos (latossolos) nos topos,podzólicos nas vertentes e aluviais nos fundos dos vales.

5.2- Depressão Sertaneja

            Esse é um dos mais extensos compartimentos de relevo regionais do Nordeste brasileiro. Corresponde a superfícies de erosão desenvolvidas em rochas  cristalinas e eventualmente sedimentares ( bacias cretáceas), com vastos pedimentos de topografia rampada em direção aos fundos de vales abertos e setores dissecados em colinas rasas. Apresenta, em geral, uma drenagem superficial muito ramificada e de regime sazonal intermitente. Nessa unidade de relevo observa-se uma predominância de solos rasos a medianamente profundos e, com certa freqüência, com afloramentos  rochosos e de chãos pedregosos, também denominados “rañas”.

5.3-Planalto da Borborema

            É um conjunto estrutural de maciço e blocos falhados e dobrados em rochas do embasamento cristalino, que se estende desde Alagoas até o Rio Grande do Norte,na porção oriental do Nordeste brasileiro. Apresenta níveis altimétricos entre 600 e 800m, ou um pouco mais. Tem áreas entalhadas por vales profundos alternados com diferentes feições de relevo dissecadas com colinas, cristas paralelas, outeiros,patamares escalonados para leste e superfícies pediplanadas para oeste. Nos contrafortes orientais dess Unidade de Paisagem, as condições climáticas são mais úmidas. Já as condições climáticas ocidentais são semi-áridas.

5.4- Planalto com Coberturas Calcárias

            Compreende áreas dispersas e descontínuas de planaltos recobertos por clcários, como na chapada do Apodi (CE-RN), chapada do Irecê (BA) e borda ocidental do planalto do São Francisco (BA). A\ altimetria dessa Unidade de Paisagem é bastante variável, indo de 100 até 900m. São encontrados nesse planalto relevos tabulares em climas semi-áridos quentes,com baixa freqüência de rios e águas sub-superficiais pouco profundas.
       
5.5- Maciços Residuais

            São unidades de paisagem dispersas pelo Nordeste brasileiro, contrastando com as superfícies aplainadas e rebaixadas da Depressão Sertaneja. Apresentam níveis altimétricos variados e acima de 400- 500m e se instalam em rochas mais resistentes do embasamento cristalino. Mostram-se fortemente dissecados  nos enclaves úmdos, como por exemplo ns serras do Baturité e Meruoca, no Ceará , e em Triunfo, no Estado de Pernambuco, e fracamente entalhados nas serras secas.

5.6-Chapada Diamantina e Encostas do Planalto Baiano

            Estende-se pela região centro-meridional da área semi-árida do Nordeste brasilerio, incluindo, além da chapada Diamantina, os relevos fortemente entalhados do Planalto Baiano e L e SW da chapada. E´um conjunto de extensos platôs modelados em rochas do embasamento, recobertos a oeste por litologias sedimentares com altitudes médias superiores a 1000m.As encostas do Planalto Baiano são modeladas em rochas do embasamento.

5.7- Tabuleiros Costeiros

            São compartimentos de relevo tabular desenvolvidos em sedimentos areno-argilosos do Grupo Barreiras, fracamente dissecados em interflúvios tabulares. Apresenta uma drenagem superficial densa com rios intermitentes sazonais e águs subsuperficiais pouco profundas.

5.8- Planície Costeira

            Faixa estreita do Ceará e do Rio Grande do Norte com elevado estoque de sedimentos arenosos modelados por processos fluviais , flúvio-marinhos e eólicos, que geraram feições de planícies flúvio-marinhas e campos de dunas móveis e fixas. Possui vegetação de restinga desenvolvida em solos de areias eólicas ( areias quartzosas).

5.9- Grandes Planícies Fluviais


            Áreas de acumulação aluvial nas planícies do Médio São Francisco (Bahia e Pernambuco) e dos baixos cursos do Jaguaribe , Parnaíba e Acaraú ( Ceará-Piauí) e outros. Têm solos profundos aluviais , imperfeitamente drenados e com fertilidade natural média e alta. Acham-se revestidas por florestas caducifólias de várzea e mata ciliar de carnaúba.

Um comentário:

  1. INFLUÊNCIA DO AMBIENTE NA SELEÇÃO DA PEDRA CALCÁRIA DE LIOZ NA A.M.L. (ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA).

    O presente estudo, resulta da adaptação de uma tese de mestrado, apresentada junto da Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa, no âmbito do Curso de Mestrado em Tecnologia da Arquitetura e Qualidade Ambiental, realizado entre 1993 a 1994. Visa essencialmente determinar os motivos históricos, compreendidos no período da alimentação da economia Portuguesa, pelo ouro derivado da colónia do Brasil, e viabilidade funcional no uso, que levaram à preferência na adopção da pedra calcária de lioz, para fazer face às características do ambiente na A.M.L. (Área Metropolitana de Lisboa), aponta similarmente precauções a ter na sua utilização e aplicação construtiva. Tendo como base a seleção de quatro localidades para amostras, expostas ao mar, interior urbano e rural, identificando as patologias e razões do seu desenvolvimento, fornecendo também indicações para as contrariar. Finalizando com o estabelecimento de um nível de ponderação de importância a dar, nas suas propriedades físicas e químicas, no sentido de proporcionar um método de seleção deste tipo de pedra, na substituição em edifícios existentes, tirando proveito desses parâmetros para servirem ao mesmo tempo, na seleção da pedra calcária de lioz, na construção de novos edifícios. Tal como curiosidades proporcionadas pela propriedades da pedra calcária e como a obter artificialmente.
    Edifícios analisados: Palácio Ratton em Lisboa, Torreão Oriental da Praça do Comércio em Lisboa, Igreja de Nossa Senhora da Consolação em Arrentela no Concelho do Seixal e Igreja da Nossa Senhora do Monte Sião em Amora no Concelho do Seixal.
    3ª Edição
    Pedra calcária natural a artificial (Português)
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    Características: Folhas a preto e branco, número de páginas 650; Dimensão: 15,2x3,7x22,9 cm;
    Peso de envio: 1,1 Kg;

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